quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Fado inabalável (2001)




















Hoje, mais uma vez
as portas se fecham
para os meus sonhos
Novamente me vejo aqui
parada no tempo
fazendo as mesmas perguntas de antes
Cada vez mais percebo
que a vida é
um interminável ciclo
no qual nunca
nunca os fracos vencem
Mais uma vez sou tomada pelo inevitável
É como brincar o tempo todo
com o mesmo jogo
sem nunca chegar ao final
Assim, num vai e vem de ondas
O tempo todo
Tornando a cometer
os mesmos erros
Assim segue a vida
sob a regência de uma incógnita
de codinome Destino

Patriota da meia-noite (2000)
















Brava gente brasileira
Faminta e abandonada
Levanta agora a tua bandeira
Defende tua pátria amada

Povo alegre do meu Brasil
que tanto já sofreu
Sempre tu entre mil
Porque tu és somente meu

Já fostes para a guerra, para a rua
Já caíste em depressão
Mas tens sempre a cara nua
revelando tua linda expressão

Meu Brasil
Eras tu tão trigueiro
De norte a sul varonil
Um Brasil bem brasileiro

Te convido para lutar
Convoco tua consciência
para na história deixar
nossa grandiosa existência

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Catarse (2011)












As músicas
As palavras
As pessoas
Estão por toda parte, as recordações

Nossos sonhos
Nosso futuro
Nosso amor
O sentimento do fracasso teima em não ir embora

Onde erramos?
Onde caímos?
Onde nos deixamos?
Os dias se passavam e eu não achava explicações

Tua carta
Tuas palavras
Teus sentimentos
Provocaram a catarse tanto esperada

Não era você que me mudava
Era eu que me deixava mudar
Não podia ter colocado todos os sonhos em quem eu amava
Somente eu os posso realizar

Acreditava que dos teus pés viria o meu caminho
Dos teus braços o acalento esperado
A vida já não estava mais em desalinho
O destino estava dado

Acabou...

Te liberto e me liberto para vivermos
Para sempre lembrado
O tanto que crescemos
Um grande amor, tão profundo, tão tumultuado