quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Roupas no varal (2011)




















Vidas estendidas
Balançam ao sabor do vento
Espalham pensamentos
Coloridas ou em preto e branco
Revelam modos e manias
Evidenciam a vida
Estão sempre lá
Onde quer que você vá
De bairro em bairro
De cidade em cidade
De país em país
Aproximam as pessoas
Diferentes em estilos
Iguais em rituais
Quantos corpos já abraçaram?
Quantos sonhos já vestiram?
Quantos lugares já visitaram?
Nova ou velha
São marcas de momentos
Singelas roupas no varal
São mais do que se vê superficialmente
São atrativos de uma cidade
Revelam um itinerário excêntrico de roupas penduradas
São fantasmas esvoaçantes
De humanos ausentes
Dia e noite
Tremulam as roupas
Ao sabor do vento
São como lenços agitados
Na esperança de um novo recomeço

Nenhum comentário:

Postar um comentário