Dor que corrói e me deixa tremendo
Dilacera meu peito que chora
na espera angustiosa pela tua hora
Sei que algo está acontecendo
Nas paredes manchadas, os retratos
de épocas que já não recordo
Com pensamentos que vagueiam, esqueço meus atos
Viajo num sonho sem sombra até que acordo
E tudo não passa de fatos
Na rua sou presa acuada
Caminho por esquinas sem volta
Sozinha, com frio pela noite enluada
Não penso, flutuo, já nem sei qual das faces é minha
Sigo com pés descalços e da vida cansada
Versos patéticos e sem rima
Complexo destino de trama macabra
Da vida que sonhei você está muito acima
Por favor, acenda a luz e deixe que a porta abra
Sussurros de uma triste sina
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